Companhia conquistense cativa o público e vence o festival
Entre
os dias 30 de maio e 3 de junho Belo Horizonte respirou teatro com a realização
do 13º Festival de Cenas Curtas pelo Galpão Cine Horto. O festival, além de um
espaço de experimentação, é uma competição importante do cenário artístico
nacional. Durante os dias em que acontece, o público presente elege as melhores
cenas de cada noite. No penúltimo dia de apresentações a companhia conquistense
Operakata cativou o público mineiro com “O
Circo de Soleinildo”, sendo eleita a cena mais votada pelo público não só
naquela noite, mas em todo o festival, com 49,26% dos votos, vencendo a
competição. O resultado garante a reapresentação na Temporada das Mais Votadas
durante o 11º Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo
Horizonte, nos dias 23 e 24 de junho.
Para
retornar a Minas Gerais a Operakata enfrenta o desafio de levantar recursos
para o deslocamento e hospedagem do elenco e apoio. A escolha da cena para uma
reapresentação não implicou em premiação que garantiria esse recurso. O grupo
pretende realizar uma campanha para arrecadar fundos para a viagem. “O
reconhecimento em Belo
Horizonte não foi só do trabalho de nosso grupo, mas do teatro
do interior da Bahia, de artistas que estão aí, no dia-a-dia fazendo a coisa
acontecer, tenho certeza que vamos sensibilizar as pessoas e conseguir o apoio
necessário”, detalha Shirley Ferreira, diretora e atriz da Operakata.
O
Festival de Cenas Curtas teve sua primeira edição realizada no ano 2000 e é um
dos desdobramentos do trabalho do Grupo Galpão, criado em 1982, uma das
companhias mais importantes do cenário teatral brasileiro. As cenas
apresentadas são escolhidas por meio de edital e para cada uma selecionada, que
deve ter duração máxima de 15 minutos, é concedido um auxílio-montagem. Nesta
edição, participaram grupos mineiros, de Brasília, São Paulo, Paraná e Bahia,
tendo a Operakata como a única representante do Nordeste no festival.
O Circo de Soleinildo conta a história
de um dono de um decadente circo que viaja com sua trupe pelo sertão à procura
de público, cada vez mais escasso. Porém, um incidente devolve a possibilidade
de atrair a tão sonhada platéia. O espetáculo
traz elementos do Clown, do teatro mudo e técnicas circenses que servem de base
à busca de uma linguagem que permite abrir mão da palavra. O Circo não fala apenas dessa arte que cada vez
mais vem perdendo o seu espaço, mas, acima de tudo fala de resistência numa
sociedade que pouco valoriza sua própria memoria e tradição,
Gilsergio Botelho, diretor do grupo.
Arte com matéria regional e conteúdo universal
Com aproximadamente
dez anos de estrada, a Companhia
Operakata de Teatro vem se destacando no cenário teatral, sobretudo na
Bahia. O grupo fundamenta seu trabalho na dramaturgia do não-visto, que trata de
situações, realidades, sentimentos, universos que apesar de reais são ignorados
pela sociedade e até mesmo por quem os vive. São temas relacionados às relações
e sentimentos humanos. Assuntos que mesmo tratados a partir de um recorte
regional transformam-se em universais – processo possível graças ao afinco do
grupo nas etapas de preparação, que envolvem muita discussão e reflexão, um
verdadeiro processo de desnudamento dos atores que acabam mergulhando nos
universos propostos pelos textos escolhidos.
O
resultado tem sido o reconhecimento do trabalho por várias iniciativas. A
Operakata já se apresentou em palcos nas regiões sul e sudoeste da Bahia, por
meio de parcerias com entidades privadas e públicas a exemplo do SESC,
prefeituras e Secretaria de Cultura do Estado.
Com aproximadamente
dez anos de estrada, a Companhia
Operakata de Teatro vem se destacando no cenário teatral, sobretudo na
Bahia. O grupo fundamenta seu trabalho na dramaturgia do não-visto, que trata de
situações, realidades, sentimentos, universos que apesar de reais são ignorados
pela sociedade e até mesmo por quem os vive. São temas relacionados às relações
e sentimentos humanos. Assuntos que mesmo tratados a partir de um recorte
regional transformam-se em universais – processo possível graças ao afinco do
grupo nas etapas de preparação, que envolvem muita discussão e reflexão, um
verdadeiro processo de desnudamento dos atores que acabam mergulhando nos
universos propostos pelos textos escolhidos.
O
resultado tem sido o reconhecimento do trabalho por várias iniciativas. A
Operakata já se apresentou em palcos nas regiões sul e sudoeste da Bahia, por
meio de parcerias com entidades privadas e públicas a exemplo do SESC,
prefeituras e Secretaria de Cultura do Estado.
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