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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Cao Alves e João Omar trabalham em nova parceria: Duo Instrumental – Ponta D’unha

O encontro dos músicos Cao Alves e João Omar, no projeto Ponta D’unha, se dá num tempo em que, depois de muitos trabalhos conjuntamente realizados desde a década de 1980, com a escrita de arranjos, apresentações com cantores e cantoras, gravações de discos de artistas, agora culmina na afinidade instrumental destes dois músicos em plena maturidade artística.

Juntos em duo de violão, ora violão e violoncelo, reúnem um repertório seleto de obras tanto originais para a formação quanto arranjos feitos por Cao Alves, em sua maioria, e por João Omar. Dentre as obras, estão no repertório a Canción de Amor, de Paco De Lucia, Círculo das Cordas, de Marco Pereira, La Vida Breve, de Manuel De Falla, Café 1930, do compositor argentino Astor Piazzolla, arranjos de músicas de Chico Buarque e Elomar Figueira. Incluem nesse trabalho também obras de suas autorias como Festa dos Bruxos (Cao Alves) e Corda Bamba (J. Omar).

Ponta D’unha é um projeto no qual João e Cao experimentam interpretações que afloram do grau de afinidade musical entre eles, que têm uma proximidade com a música popular e erudita, uma marca da trajetória artística de cada um ao longo dos anos. Neste contexto as músicas de diferentes autores mesclam nas interpretações nuanças que são próprias das culturas as quais estas se referenciam, a partir da percepção sensível e virtuosismo dos músicos, especialmente por vislumbrarem uma execução diferenciada das obras originais com referências conhecidas e pela novidade dos novos arranjos.

Os músicos destacam que o trabalho segue em construção, avançando para um outro estágio – alguns ensaios abertos, nos quais o público poderá ter uma amostra do que os músicos estão preparando. O primeiro deles acontece nessa quarta, 6, em Vitória da Conquista, entre 20 e 21 horas, num espaço do Bar e Restaurante Cinco Continentes, no bairro Candeias. Vale a pena conferir.




sábado, 23 de fevereiro de 2013

Quem (en)canta nossa infância?


Por Marcelo Lopes
Passei o dia ouvindo Palavra Cantada, uma das propostas mais interessantes de músicas para o público infantil das últimas décadas, que tratam com respeito, inteligência e muito talento o universo dos pequenos. Formada em 1994 por Paulo Tatit e Sandra Peres, a dupla se destaca por canções infantis de linhas marcantes, com um cuidado especial na construção das letras, arranjos e gravações, envoltos numa sensível poética imaginativa. Um primor.

A exemplo da dupla, ainda é possível encontrar compositores com ideias criativas voltadas para esse público, entre eles, nomes conhecidos, como Arnaldo Antunes, autor de “Lavar as Mãos” e “Criança não Trabalha”; Adriana “Partimpim” Calcanhoto, interpretando, entre outras músicas, “Oito Anos” e “Trenzinho Caipira”; a banda Patu Fu, com um trabalho inteiro dedicado ao seu “Música de Brinquedo”, inteiramente gravado com instrumentos musicais de brinquedos como cornetas de plástico, xilofones, cavaquinhos, flauta doce, kazoo, glockenspiel e outras peças da musicalização infantil. Infelizmente, a lei de mercado não favorece que coisas assim se multipliquem com a mesma proporção da sua qualidade.

Em tempos de politicamente correto – onde tudo traumatiza, aleija, ofende, dá processo e vira debate público – ter e fazer músicas infantis de qualidade é um desafio mais ingrato que os obstáculos da velha Censura, que vigorou no Brasil até 03 de agosto de 1988. Penso nisto, não sendo purista, mas comparando dois períodos completamente diferentes, em que o critério de mediação é a qualidade de conteúdos que propiciam uma vivência saudável para cabeça das crianças que, em qualquer época, é e precisam ser crianças pra seres felizes.

Por isso, comecei a fuçar minhas lembranças... e a de outros também, pra não dizerem que a “nóia” sobre isso é só minha. Um dos registros mais gratos que tenho da infância, quando se trata de memórias musicais, se chama “A Arca de Noé”, de Vinícius de Moraes. Não apenas a gravação em disco, mas também os especiais de televisão, que traziam para a telinha as incríveis histórias musicadas do universo sonoro do “poetinha”. Um ímpeto criativo similarizado hoje por alguns artistas consagrados, dedicado a um olhar generoso capaz de povoar de sonhos o imaginário de milhares de crianças. Canções de Vinícius como “O Pato”, “A Casa”, “A Porta”, entre outras, se tornaram clássicas. Tratavam de temáticas simples, tangenciadas e extraídas de um mundo menos complicado, onde a garantia de felicidade podia estar numa simples partida de bolas de gude, num peão, jogos de pega-pega na rua, esconde-esconde, ioiôs para meninos e ou elástico, salada-mista e amarelinha para as meninas. Para não falar apenas de minhas impressões pessoais fui buscar em outro lugar considerações que acredito pontuarem bem o que digo.

Aretha Marcos, cantora, filha dos também cantores Antonio Marcos e Vanuza, viveu esta mesma época, com uma peculiar característica em relação às demais crianças: era ela quem estrelava na TV especiais infantis como A Arca de Noé (1981), além de outros que se seguiram como Pirlimpimpim (1982), Plunct, Plact, Zuuum (1983), Plunct, Plact, Zuuum... 2 (1984) e Pirlimpimpim 2 (1984). Suas memórias incluem um misto de diversão e trabalho. Principalmente, um afetuoso e respeitoso momento à condição da sua infância: “Minhas melhores lembranças ficam por conta do contato com o universo mágico da palavra poética do Vinícius, que se fazia entender por mim já naquela época”, resgata Aretha, ressaltando “o contato com os artistas e profissionais da época, que faziam de tudo para manter meu olhar infantil e lúdico diante de responsabilidades tão grandes para uma criança”.

Nos últimos anos vivemos um fenômeno maciço, preocupante, que encurta a infância, gerando pequenos adultos, ao tempo em que estica a juventude englobando todas as ideias, práticas e comportamentos envolvidos nessa longa faixa etária espichada. Um providencial aumento na faixa ativa de consumo de produtos, bens e serviços. A sexualização infantil é um dos aspectos agregados à este novo perfil consumista, como também é o aumento da banalização dos temas dedicados às crianças, reflexo daquilo que os pais também consomem e reproduzem em casa. Na música, veículo de excelência para a comunicação de comportamentos, é visível o pouco trato com o que se produz ou se oferta às crianças no Brasil. Ainda segundo Aretha, “existe público para todos os gostos, por isso mesmo deve haver música eclética, sempre visando a prestação de serviço cultural, educativo ou festivo que pede a canção infantil. Acho também que cabe aos pais selecionar aquilo que considerar adequado para os seus valores e crenças a ser compartilhado musicalmente entre seus filhos”.

A oferta de produtos culturais/musicais voltados para este público tão ávido, que consome cada dia mais rápido enquanto cresce, tende à expansão ainda maior e desenfreada se não houver regulação específica. Músicas de evidente apelo ao sexo, à violência ou que promovem a degradação humana são facilmente acessíveis e – pior – estimuladas em meios de comunicação e outras forma de difusão, sem o mínimo critério prático. A aproximação entre a criança-adulta e adulto-juvenil dilui estas questões no discurso do “normal” e do “na moda”, sem levar em conta os prejuízos decorrentes disto. É preciso que haja uma mediação equilibrada, que não se calque nem na paranoia do politicamente correto e nem no desbunde do consumo fácil. Todas as opções, daquilo que pode ser considerado bom ou ruim, estão à vista e à mão.

Ao poder público cabe regular, nunca censurar. Aos pais, o discernimento do que há de benéfico ao olhar, os ouvidos e a mentalidade das crianças, com critérios que mexem com a crítica autocrítica, fundamentada numa educação que muitos nem mesmo puderam ter, mas que é alcançável na medida do bom senso de cada um. O respeito é componente fundamental ao critério de ambos, sobretudo o respeito que preserva a criança em sua essência.

De alguma forma, é preciso resgatar a importância da sabedoria infantil, mesmo nos adultos, tema que, inclusive, finalizou meu papo com Aretha: “para mim o positivo e negativo está em tudo, é uma questão do olhar. Ser criança é um estado de alma. Acredito que independente de idade, devemos manter a criança no canto dos olhos, pronta para saltar diante da vida e fazer folia. A vida é uma festa onde todos podem ser convidados, é preciso ser criança para acreditar, e vencer”.

Meu abraço sincero e agradecido a Aretha pelas boas lembranças de infância... dela e minhas.
 

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Petição Pública em favor do CCBNB

Abaixo-assinado pela Implantação do CCBNB em Vitória da Conquista.
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N30140



O Instituto Mandacaru de Inclusão Sociocultural, entidade sem fins lucrativos que representa produtores culturais, educadores e profissionais da comunicação em Vitória da Conquista e região, vem por meio deste documento reafirmar a importância junto à presidência do Banco do Nordeste da implantação do CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE em Vitória da Conquista, como um desejo não apenas dos atores sociais que se dedicam a cultura, mas de toda a população conquistense e das cidades circunvizinhas, reconhecendo a importância desta instituição para o estímulo e a promoção do fluxo de atividades artísticas em nosso município.

Convocamos assim, neste abaixo assinado, atores, músicos, ilustradores, dançarinos, pintores, artistas plásticos, escritores e demais artistas de todas as áreas, além de educadores, profissionais liberais, produtores, empresários, representantes públicos e do terceiro setor a mobilizarem-se em favor da continuidade da implantação do CCBNB em Vitória da Conquista, ao tempo em que solicitamos à presidência do BNB a retomada das ações do calendário de construção do espaço cultural.

Defendemos a diversidade e efetivação de uma dinâmica maior, mais sadia e profícua da economia criativa na nossa região. Compreendemos que empreendimentos que estimulem a circulação de manifestações da cultura brasileira, que propiciem o reconhecimento do trabalho na cultura, o engajamento político que permitam quantitativamente e, sobretudo, qualitativamente a disposição de espaços para a difusão dos saberes populares, são fundamentais para o exercício pleno de cidadania a indivíduos de todas as classes, cores e orientações.

Desta forma, nos manifestamos pelo(a):

- Continuidade do projeto de implantação do CENTRO CULTURAL BANCO DO NORDESTE em Vitória da Conquista ainda em 2012;

- Retomada do cronograma de ações que precedem o processo de implantação, que incluem processo o início da construção do Centro, bem como a continuidade das atividades de oficinas, eventos e cursos promovidos pelo BNB em Vitória da Conquista;

- Publicização, interna e externamente a Vitória da Conquista e região, do desejo de produtores, artistas e demais grupos e indivíduos que militam pela cultura por políticas públicas que reconheçam o valor real das ações que se manifestam na economia criativa;



Assinem, divulguem e compartilhem.

Atenciosamente;

Diretoria
Instituto Mandacaru de Inclusão Sociocultural
http://culturamandacaru.blogspot.com.br/

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Terceiro Circuito do Sonora Brasil em Conquista


Por Marcelo Lopes


O Brasil é um país cuja diversidade é tão grande que chega a ser um mistério. Não deveria ser assim, mas não conhecemos os sotaques, os estilos, as formas de pensamento e os jeitos tão próprios do nosso povo, a não ser pelas famigeradas caricaturas de TV. Infelizmente, isto ocorre porque a difusão das especificidades da cultura brasileira não é um negócio tão bom quanto padronizar os comportamentos e nivelar por baixo os gostos e os olhares, transformando a identidade da população em um cenário de aeroporto, ou seja, igualzinho em qualquer lugar do mundo, pronto para o consumo.

De outra ponta, felizmente, há o que se falar de bom quando o respeito pelo que somos vira uma pauta inteligente e dá acesso generoso ao público a este universo múltiplo. Esta é a realidade do Sonora Brasil, um projeto do Serviço Social do Comércio (SESC), levando Brasil a dentro os sons do próprio país.

O projeto é temático e trata de desenvolver programações identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil, com seus diferentes sons, influências, origens, estilos, manifestações e performances. Em 2012, na sua 15ª edição, o projeto conta com a participação de oito grupos musicais, divididos em dois temas: "Sotaques do Fole", que apresenta o acordeão em suas variantes regionais, e "Sagrados Mistérios", que apresenta repertório da música vocal presente nas festividades populares em devoção às entidades religiosas. Ao todo, 430 concertos estão programados em 117 cidades, de todas as regiões do país, e em sua maioria, distante dos grandes centros urbanos.

No próximo dia 09 de Outubro, no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, Vitória da Conquista recebe o 3º Circuito do projeto com Duo Ferragutti e Kramer, do Rio Grande do Sul. Os músicos trazem para o Sonora Brasil a encantamento musical do acordeão, instrumento originalmente ligado às tradições populares do Centro-Sul do país, influenciada pela presença da cultura ítalo-germânica, mas que encontrou definitivamente o gosto comum na obra de Luiz Gonzaga.

O Duo é formado por Toninho Ferragutti, de Socorro (SP) e Alessandro “Bebê Kramer”, de Vacaria (RS), ambos instrumentistas e compositores. Apresentam um panorama da obra escrita ou adaptada para acordeão de 120 baixos, desde Luperce Miranda e Radamés Gnattali até a vertente contemporânea de Borges-Cunha e às próprias composições.

SONORA BRASIL
Local: Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima
Data: 09 de Outubro
Horário: 20h
Ingresso: gratuito

sábado, 28 de julho de 2012

Cadastro de entidades e produtores culturais


Por Marcelo Lopes

A Secretaria de Culturado Estado da Bahia, por meio da sua representante no território de Vitória da Conquista, Patrícia Moreira, vem atualizando seus contatos (mailling), para melhor informar sobre futuras premiações, editais, oficinas, empregos e oportunidades diversas no campo da arte e cultura no estado e no nosso território.

Para isso, vem cadastrando e/ou atualizando dados de artistas, agentes culturais, grupos e entidades que trabalhem com arte e cultura na região delineada. Para tanto, solicita que colaborem informando, repassando a informação e os formulários abaixo para, uma vez preenchidos, serem enviados para o e-mail patricia.santos@cultura.ba.gov.

O acesso à informação de forma abrangente facilita a possibilidade de pleitearmos recursos em inúmeras fontes de financiamento e somente uma rede eficiente de comunicação no setor pode oferecer esta oportunidade.


GRUPOS, INSTITUIÇÕES, EMPRESAS E ENTIDADES ARTÍSTICAS E/OU CULTURAIS
Município

Nome da entidade ou instituição

Natureza da entidade ou instituição

Área de atuação 1

Área de atuação 2

Área de atuação 3

Responsável pela entidade ou instituição (ex: presidente, diretor, etc.)

Endereço da entidade ou instituição

Cep

Telefone 1

Telefone 2

E-mail 1

E-mail 2

Blog

Site


ARTISTAS E/OU AGENTES CULTURAIS
Município

Nome

Área de atuação 1

Área de atuação 2

Área de atuação 3

Endereço

Cep

Telefone 1

Telefone 2

E-mail 1

E-mail 2

Blog

Site


IMPRENSA
Município

Nome do veículo

Mdalidade

Responsável

Endereço

Cep

Telefone 1

Telefone 2

E-mail 1

E-mail 2

Blog

Site


TERRITÓRIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA
Municípios: Anagé, Aracatu, Barra do Choça, Belo Campo, Bom Jesus da Serra, Caetanos, Cândido Sales, Caraíbas, Condeúba, Cordeiros, Encruzilhada, Guajeru, Jacaraci, Licínio de Almeida, Maetinga, Mirante, Mortugaba, Piripá, Planalto, Poções, Presidente Jânio Quadros, Ribeirão do Largo, Tremedal, Vitória da Conquista.
Perfil do Território (arquivo para download em PDF)

Para maiores esclarecimentos, segue abaixo os contatos da representante:

Patrícia Moreira
Representante da Secretaria de Cultura – Vitória da Conquista
Superintendência de Cultura - SUDECULT
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia - SECULT
(77) 8842 4535/ (77)9120 1920/ (77)34244735